quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Dormir escrevendo ou escrever dormindo?


É engraçado que sempre na madrugada as ideias brotam, quando estão todos dormindo, quando tudo está em silêncio, quando ninguém pode nos distrair. Acho que é por isso que sou uma pessoa da madruga – mesmo que seja um sacrifício acordar no dia seguinte.

Dormir... Ai, ai...
O sono é uma coisa incrível! Eu sempre o sinto, mas quase nunca sinto vontade de dormir. Isso é o efeito da madrugada e todas as coisas bacanas que ela nos oferece, como, por exemplo, paz e tranquilidade, silêncio e privacidade – não foi pra rimar! Juro! A verdade é que eu não gosto de dormir. Ficar parada, para mim, é um sacrifício. Não sei se é culpa da minha hiperatividade e meu déficit de atenção, mas a ideia de ficar durante 8h deitada numa cama sem fazer absolutamente nada, me deixa assustada e frustrada, ora bolas! 

Meu tempo é preciosíssimo! Não posso perdê-lo com bobagens desse tipo!
É lógico que eu sei as consequências de noites mal dormidas. Sentimos mais sono ainda no dia seguinte, não queremos sair da cama de jeito nenhum, olheiras aparecem, dores de cabeça infernais e demoníacas – como a que estou sentindo agora – o mau humor aflora. Sem contar com os efeitos em longo prazo! Dizem que faz cair cabelo, que a unha quebra, a gente engorda, nosso cérebro fica extremamente cansado e improdutível, e por aí vai.

A verdade é que eu gostaria, com toda minha alma, conseguir ficar acordada para sempre e sem precisar de estimulantes nem nada. A minha utopia é a seguinte: dormir apenas uma vez por ano, quando desse vontade, ou quando o tédio estivesse enorme e, ao invés de tomar café, cappuccino, café com leite, Red Bulls, ou qualquer outro tipo de estimulante, repor energias e ficar acordado por bastante tempo apenas com o oxigênio. Isso seria bem bacana!

Mas, ao mesmo tempo que eu gostaria de ser uma eterna zumbi, também tenho mais uma frustração: escrever na madrugada.
Ué? Como assim, Juh? Você pirou?
Não, meu caríssimo leitor. Eu não pirei [ainda].
O problema da escrita da madrugada é justamente quando o sono vem. Começo a escrever algo que poderia se tornar uma obra-prima da humanidade, um Best-seller do The New York Times e, quando menos espero, o texto

Sim. É isso que acontece. Fica incompleto, faltando um pedaço que poderia ser bacana e crucial, uma memória que jamais seria recuperada. Algo que seria impossível de ser retomado do ponto onde o sono me interrompeu a escrita.

Pra ser sincera, mais triste do que um texto não terminado, é uma carta para alguém especial (ou não), não entregue. Ah, como isso me entristece.
Palavras nunca ditas, sentimentos jamais revelados, mal entendidos não desfeitos.

Concluo que meus desejos sejam estes: nunca dormir, ter um tempo gigantesco para escrever e fazer coisas que julgo importantes e, finalmente, ter a capacidade e a coragem de mandar para a pessoa, as cartas e textos que já escrevi.



Ai, ai... Utopia.

Boa noite!

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