terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Estar apaixonado é uma merda, não acham?

Às vezes eu me pergunto se essas coisas só acontecem comigo, se o destino só é ardiloso dessa forma com a minha pessoa. Parece que cada vez vai ficando mais difícil.

Lembro-me da primeira vez que joguei Guitar Hero. O meu preferido naquela época, até hoje, na verdade, era o terceiro jogo da série – Legends of Rock. A primeira música, um clássico: Slow Ride. Não fui bem logo de cara, afinal, primeira vez, no computador...
Ok. Joguei as outras músicas, fui melhorando aos poucos até conseguir completar o modo “Easy”. Depois, não muito satisfeita, tentei fazer 100% em todas as músicas. Foi quase! Não consegui 100% em tudo, mas cheguei bem perto disso.
Depois cheguei ao “Medium”, ao “Hard” e, enfim, ao “Expert”. Acreditam que até hoje não consegui terminar o último nível? Nem sequer cheguei perto de tocar “Through the Fire and the Flames” com todas aquelas bolinhas e à velocidade máxima da guitarra.

Acredito que minha vida amorosa não seja tão diferente de um jogo de Guitar Hero. Começou fácil, mas como toda novidade, era algo desconhecido. Aos poucos foi aperfeiçoada, mas não estou nem perto de concluir o nível médio. Damn it!

Já me enganei muitas vezes, menti para mim mesma, vi coisas onde nada existia, fui confiante ao extremo e no fim tive uma terrível surpresa.
Não que eu não acredite no amor. Ele existe, eu sei. Amo minha família, meus amigos, meu cachorro, minha gatinha...

Já passei da fase de achar que não existe a pessoa certa, só que vejo tanta gente juntando sua metade, e eu? Bem, enquanto eu tiver meus amigos, pelo menos eu não vou surtar.

Ainda bem que esse meu período reservado tá surtindo efeitos positivos, apesar de tudo. Estou a poucos passos da faculdade, não tenho ninguém para pegar no meu pé e vou seguindo a vida, até o momento em que aquele cupido incompetente vai acertar a mim e a outra pessoa ao mesmo tempo, porque, na boa, já tô de saco cheio de ser dilacerada, ter uma flecha bem no meu coração enquanto a outra pessoa nem sequer é atingida de raspão. E é por isso que estar apaixonada é tão ruim. Mais ainda quando não é correspondido e, pra piorar, é um amor impossível.


Mas isso é outra história. Não quero chorar mais. Só digo uma coisa para meu querido cupido: se você passar perto de mim outra vez, que seja para se redimir e fazer o trabalho direitinho, senão é melhor ir preparando sua permanência definitiva no céu! E tenho dito!

sábado, 14 de junho de 2014

Vestibular

Momento de tensão! Essa palavra mexe com todo mundo: vestibular. E mais ainda o que ela significa e tudo o que ela traz consigo. Horas e horas de estudo, nervosismo, choro, crises existenciais...


Não sei bem o porquê, mas nesses últimos meses tenho chorado mais que durante toda minha vida. Na real, eu até sei o motivo e é justamente essa fase bizarra que é o ano de vestibular.


O que me consola é que estou bem confortável em relação à nota e afins. Há quase uma semana fiz a prova da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (aka UERJ) e me dei bem. Consegui tirar o conceito A, o sonho de todos os estudantes, todos os que sonham com Medicina, Engenharias, Direito e Jornalismo. Mas, desculpa sociedade, vou usar o meu "A" para Letras - ou talvez eu nem o use!


Pois é. Crise existencial reinando; não sei o que vou fazer da minha vida acadêmica. Até uma semana atrás eu conseguia dizer com convicção que o que eu queria era o curso de Artes Cênicas na UNIRIO, mas acho que esse "A" na UERJ mexeu comigo de uma forma tão grande que estou pensando seriamente de desistir da área de Cênicas e investir pesadamente em Letras.


Me lembro da minha infância. Eu tinha dois sonhos profissionais: ser atriz/dubladora e cantora. Mais tarde, já com uns 11 anos, descobri que ser professora poderia ser uma coisa legal. Me apaixonei perdidamente pelo nosso idioma e pelo Espanhol. Na minha 7ª série comecei a ver o Jornalismo com outros olhos. Três anos mais tarde eu estava pensando em História. Depois comecei a pensar de novo em fazer Letras, mas não mais Português e Espanhol e sim Português e Literatura. No final daquele ano (2012) comecei a fazer teatro e descobri as Artes Cênicas. Passei a ficar desesperada por não saber o que fazer e fui aos poucos revendo minhas prioridades.


Primeiro eliminei História; depois o espanhol. Mas ainda assim minha situação não era das melhores, afinal estava na dúvida entre Artes Cênicas, Jornalismo e Letras. No decorrer do ano de 2013 tive uma visão: NÃO POSSO VIVER SEM O TEATRO! E me lembro que no final do ano as pessoas me perguntavam o que eu faria na faculdade e eu dizia que seria Artes Cênicas, apesar de gostar muito de Jornalismo e de Letras.


Até que, enfim, tomei mais uma decisão: eliminei o Jornalismo. Ah, é legal, mas não imagino minha vida como jornalista, não mais. E então, no início desse ano pensei que se eu tiver que escolher apenas um caminho, qual seria o caminho mais feliz? E a resposta veio: meu destino é ser atriz!


Fiquei feliz. Estava decidida! Logicamente eu nasci para essa profissão e agora vou fazer de tudo para conseguir entrar para a faculdade e fazer o curso de Artes Cênicas! E eu estava com esse pensamento até o fatídico 8 de junho - dia da prova da UERJ.


Apesar de ter surtado duas semanas antes - tive crises de choro, ficava em jejum porque nada entrava na minha boca, fiquei com febre e gripe durante uma semana inteira -, mesmo sabendo que na UERJ não tem Artes Cênicas, cheguei para fazer o Exame bem tranquila, na calma, com serenidade. Fiz a prova numa boa, usei bem o tempo e funcionou! Conferindo o gabarito horas depois da prova (e, é claro, depois de muito surto), percebi que acertei uma quantidade de questões suficiente para conseguir a nota máxima, o tão sonhado A!


Primeiro, a felicidade! Nossa! De uma turma de 36 alunos eu tinha sido uma das 4 pessoas que conseguiu o A! Depois o sentimento de culpa. Poxa vida! Vou jogar meu A fora, afinal, não tem o que eu quero mesmo... E finalmente a dúvida. Será que é isso mesmo? E se Artes Cênicas não for de fato o curso ideal? Eu poderia sim fazer Letras e conseguir o meu tão sonhado DRT de outras formas, visto que para ser atriz eu não dependo apenas da faculdade.


E é assim que eu estou no momento. Não como (mentira), não durmo (mentira), não faço outra coisa além de pensar nisso. Pode ser que amanhã mesmo eu me decida ou então posso mudar totalmente de ideia na semana que vem. Às vezes eu queria ter vocação para uma coisa mais requintada, mais desafiadora como as Engenharias, Medicina e afins. Algumas pessoas me disseram que escolhendo Letras eu estaria jogando fora o meu A, e que eu estudei tanto para consegui-lo e no fim fazer Letras. Que eu não vou conseguir emprego nessa área, afinal a demanda de professores de Português é enorme.


Mas eu estou cansada disso! Dizem que ser atriz não dá futuro, que ser professora me fará morrer de fome... Me perdoem se eu não sou tão genial quanto meus amigos, aqueles nerds que estão de olho em Engenharia, Medicina, Psicologia. Eu quero fazer o que eu gosto -- mesmo que eu ainda não tenha decidido o que eu gosto mais -- e com paixão e dedicação vou conseguir ser a melhor na minha profissão. Eu não preciso ser rica, quero apenas ser respeitada!

domingo, 4 de maio de 2014

Eu odeio a Julia Roberts

Por favor, não me entendam mal. Ódio é um sentimento muito forte e, diga-se de passagem, muito feio, mas sei lá... Não sei se é a cara dela, a voz, os filmes que ela já fez, o nariz esquisitinho, ou qualquer outra característica, enfim, não sei o que é nem o porquê, mas eu ODEIO a Julia Roberts.

Minha aversão a ela provavelmente começou quando eu comecei a ver televisão. Eu era uma criança que estudava de manhã e usava a tarde para fazer o que tinha de mais legal entre meus 5 e 10 anos: assistir a filmes. Hora um cassete, hora Sessão da Tarde e/ou Cinema em Casa... eu sempre via filmes. 

Ficava meio decepcionada quando eles passavam "filmes de adultos" na TV - não, não se tratavam de filmes eróticos nem nada assim, mas eram filmes que não tinham crianças nem cachorros envolvidos. Mesmo sendo um pouco contra a esses "filmes de adultos", nunca fui uma criança que se restringia a ver animações, apesar de, não vou negar, serem meu estilo favorito. 

Lembro que ligava a TV para ver algum filme e, se a chamada me parecesse interessante, eu o assistia, independentemente do elenco, porém, por alguma razão eu tinha um repulsa por 3 filmes em especial: Noiva em Fuga, Uma Linda Mulher e O Casamento do Meu Melhor Amigo -- todos protagonizados pela mesma mulher: Julia "ai como eu te odeio" Roberts. 

Eu tentei, juro que tentei assisti-los, tentei mais de uma vez, é sério! Mas quando eu via a cara dessa pessoa eu não conseguia, mudava de canal ou desligava a televisão pra ir brincar, ler, sei lá.

Pensei que as coisas mudariam depois de mais velha, só que não. Continuei a não gostar dela, nem desses três filmes, nem da cara dela, nem da atuação dela (que fique claro que não estou dizendo que ela é uma atriz ruim... quem sou eu pra dizer isso? Só não gosto), nem mesmo do NOME dela. Que audácia... Tem quase o mesmo nome que eu!

Só sei que hoje em dia vejo muitos filmes sempre que posso e agora costumo despir-me dos meus pré-conceitos cinéfilos e assisto à quase todos os filmes dos quais eu não gostava da capa quando via na locadora (RIP), ou que não gostava e nem ao menos o tinha visto. Admito que muitos me surpreenderam (como Mudança de Hábito, De Volta Para o Futuro, O Poderoso Chefão - mas ainda NÃO me conformo com esse nome). 

Sei lá. Me lembrei de uma vez, quando anunciaram na TV que passariam (de novo) um dos filmes dela e meu pai fez um comentário que ficou na minha cabeça, que provavelmente é um dos motivos da minha sisma Robertiana: ele me disse que ela era um nojo de pessoa. 

Quanto a Julia Roberts, não sei bem o que vou fazer da minha vida. Só de ouvir Pretty Woman na rádio, ver uma noiva ao lado de um cavalo e madrinha de casamento já fico [muito] meio tensa. Não sei se algum dia vou conseguir ver um desses filmes estrelados por ela citados anteriormente... talvez se fizerem um remake com outra atriz, quem sabe...?